sábado, junho 09, 2007

O Tabaco da Vida

De amor cantando,
Sem nele demasiado acreditar,
Dei a volta ao coração (demorei anos):
Está só – mas sem nenhuma vontade de parar…

Desiludidos? Paciência, amigos…
Bebamos mais, fumemos, refumemos,
Entre as mulheres, o tabaco da vida.
Como cedilhas pendurados que felizes seremos,

Exemplares cretinos nesta noite comprida…


Alexandre O’Neill
, "Poemas com Endereço", Morais Editora